A questão de se a Amazônia é uma fonte ou um sumidouro de carbono para a atmosfera global tem sido objeto de intenso debate. Embora haja opiniões divergentes, é incontestável que o desmatamento e a queima de biomassa têm desempenhado um papel significativo na liberação de carbono na região.

No período de 1989 a 1998, as emissões médias de carbono provenientes do desmatamento e da queima de biomassa na Amazônia brasileira foram estimadas em cerca de 200 ± 100 megatoneladas por ano. Essas emissões foram resultado da decomposição relativamente rápida da biomassa remanescente após as queimadas, bem como da matéria orgânica no solo, juntamente com a retirada de madeira. É importante ressaltar que essas emissões representam aproximadamente 10% a 15% das emissões globais decorrentes de mudanças no uso da terra, que foram estimadas em 1,7 ± 1,1 gigatonelada de carbono por ano.

No entanto, é válido salientar que essas estimativas podem subestimar as emissões reais, uma vez que não levam em conta as queimadas de florestas em pé, como o caso do mega-incêndio florestal de Roraima nos primeiros meses de 1998. Embora a floresta úmida seja geralmente resistente ao fogo devido à alta umidade, a degradação e fragmentação gradual da floresta ao longo das últimas décadas tornaram-na mais suscetível a incêndios. A radiação solar pode penetrar mais facilmente em áreas fragmentadas, levando ao ressecamento da madeira e aumentando sua inflamabilidade. Essa situação é agravada em regiões da Amazônia sujeitas a secas prolongadas, como aquelas causadas pelo fenômeno El Niño no norte e leste da região.

Um dado alarmante é que, se toda a floresta amazônica brasileira fosse convertida, estima-se que seriam liberadas cerca de 77 gigatoneladas de carbono para a atmosfera. Esse número aumenta para mais de 100 gigatoneladas de carbono considerando toda a Amazônia. Essas estimativas demonstram o potencial catastrófico do desmatamento em termos de emissões de carbono e a sua contribuição significativa para o aumento dos níveis de gases de efeito estufa na atmosfera.

O recente estudo destacado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela uma preocupante mudança de padrão na floresta Amazônica. De acordo com a pesquisa, a Amazônia está emitindo mais gás carbônico (CO2) do que é capaz de absorver, indicando uma queda na capacidade de captura de carbono por parte dessa importante região.

Os pesquisadores realizaram medições dos fluxos de dióxido e monóxido de carbono em quatro pontos diferentes da Amazônia, durante aproximadamente oito anos, entre 2010 e 2018. Essas medições foram obtidas por meio de cerca de 600 voos pela região, fornecendo uma ampla e abrangente análise da situação. Os resultados revelaram que a floresta amazônica está liberando mais carbono na atmosfera do que está sendo absorvido, sinalizando uma mudança preocupante em seu papel como um importante sumidouro de carbono.

A OMM destaca que essa queda na captura de carbono é uma consequência direta do desmatamento e das mudanças climáticas. A Amazônia vem sofrendo com altos índices de desmatamento há décadas, causados principalmente pela expansão da agricultura, mineração e exploração madeireira descontrolada. A perda de vegetação e a degradação da floresta reduzem a capacidade de absorção de carbono, aumentando as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, as mudanças nas temperaturas e nos padrões de chuvas na região têm impactos negativos sobre a vegetação, criando um ambiente mais hostil e contribuindo para o aumento das emissões.

Essa mudança de comportamento da floresta Amazônica é alarmante, pois as florestas tropicais, historicamente, têm sido consideradas importantes sumidouros de carbono, ajudando a mitigar as mudanças climáticas. No entanto, as recentes descobertas indicam que a Amazônia está se tornando uma fonte adicional de CO2 para a atmosfera.

 

Amazônia: Fonte ou Sumidouro de Carbono? A Busca por Respostas

  

O Arco do Desmatamento é uma vasta faixa de floresta tropical primária localizada na região da Amazônia brasileira. Essa área tem sido progressivamente invadida por estradas, represas, mineradoras e linhas de transmissão, além de ter sido transformada em floresta secundária, fazendas de gado, plantações de soja e outras culturas.

Esse fenômeno é resultado de um processo de ocupação e exploração humana que tem ocorrido ao longo de décadas na Amazônia. A construção de infraestruturas, a expansão agrícola e a busca por recursos naturais têm levado à degradação e conversão das florestas primárias em áreas de uso humano.

O desmatamento nessa região tem impactos significativos no ecossistema amazônico e em todo o planeta. As florestas primárias da Amazônia são conhecidas por sua rica biodiversidade e pela capacidade de sequestro de carbono. No entanto, quando essas florestas são degradadas ou convertidas em áreas de uso humano, perdem-se não apenas espécies valiosas, mas também a capacidade de absorver e armazenar grandes quantidades de dióxido de carbono, um importante gás de efeito estufa.

A expansão do Arco do Desmatamento na Amazônia brasileira levanta preocupações ambientais e socioeconômicas. A perda de florestas primárias resulta na redução da biodiversidade, no comprometimento dos serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima e a purificação da água, e no aumento das emissões de gases de efeito estufa.

Além disso, a conversão de florestas em áreas de agricultura e pecuária intensiva também está associada a questões sociais, como o deslocamento de comunidades tradicionais e indígenas, conflitos de terra e problemas relacionados à exploração e aos direitos trabalhistas.

A divulgação dos dados pelo Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) revela uma realidade alarmante: entre os 10 municípios brasileiros que mais emitem gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, oito estão localizados na região amazônica, sendo cinco deles no estado do Pará. Essa estimativa se baseia no ano de 2019, sendo a informação mais recente disponível para o país.

Essa constatação é extremamente preocupante, pois a Amazônia é conhecida como uma região de imensa importância ambiental, sendo considerada o “pulmão do mundo”. No entanto, esses dados demonstram que os impactos das atividades humanas na região estão resultando em altas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo significativamente para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

O estado do Pará, em particular, destaca-se como uma área crítica, com cinco municípios presentes nesse ranking preocupante. Isso reflete a intensa atividade econômica na região, incluindo desmatamento, agricultura, pecuária e mineração descontrolada. O desmatamento é uma das principais causas dessas emissões, pois resulta na liberação do carbono armazenado nas árvores e no solo da floresta.

Quando uma árvore morre, seja por decomposição natural ou por queima, ela emite carbono na forma de dióxido de carbono (CO2). Além disso, em condições anaeróbicas, ou seja, sem oxigênio, parte desse carbono pode se transformar em metano (CH4), um gás com potencial de aquecimento global ainda maior. O óxido nitroso (N2O) também é liberado durante o processo de decomposição.

Os dados do SEEG utilizam a tonelada de CO2 como unidade de medida, mas é importante destacar que as emissões totais não se limitam apenas ao CO2. O metano e o óxido nitroso também contribuem significativamente para o impacto climático dessas emissões. Para cada tonelada de CO2 emitida, o equivalente em metano é de 25 toneladas de CO2 e o equivalente em óxido nitroso é de 270 toneladas de CO2.

Os municípios da Amazônia apresentam índices extremamente elevados de emissões por habitante devido ao intenso desmatamento na região. Embora essas localidades tenham poucos habitantes, a taxa de desmatamento é significativa, resultando em uma grande quantidade de carbono liberado na atmosfera. Um exemplo preocupante é o município de Novo Progresso, que registrou o chamado “Dia do Fogo” em 2019, uma ação coordenada por fazendeiros, empresários e produtores rurais para queimar áreas protegidas próximas à BR-163. Esse município possui o maior índice per capita de emissões do país, com cerca de 580 toneladas de CO2 por ano. Em comparação, a média global anual é de aproximadamente 7 toneladas de CO2e por habitante.

Um estudo realizado na Zona Bragantina, no Pará, revelou que a floresta secundária da Amazônia brasileira absorve apenas o dobro da taxa de carbono da floresta primária, enquanto em outras partes do mundo essa taxa pode ser até 11 vezes maior. Essa descoberta levanta preocupações sobre a capacidade de regeneração das florestas tropicais e suas contribuições para a mitigação das mudanças climáticas.

A Zona Bragantina é uma região que tem sido utilizada para a produção agrícola há séculos, resultando na quase completa ausência de florestas primárias. Os pesquisadores enfatizam que é improvável que essas florestas degradadas possam retornar aos níveis originais de sequestro de carbono e biodiversidade em um período significativo do ponto de vista político. Isso significa que a capacidade de absorção de carbono das florestas secundárias pode ser limitada e não corresponder às expectativas.

Esses resultados têm implicações importantes, tanto para a compreensão científica quanto para as políticas de reflorestamento. Os pesquisadores destacam a necessidade de maior cautela ao estimar a capacidade de absorção de carbono das florestas tropicais regeneradas. Essa capacidade varia de acordo com diversos fatores, e a supervalorização dessas estimativas pode levar a expectativas irrealistas em relação aos esforços de mitigação das mudanças climáticas.

Além disso, as descobertas colocam em dúvida o plano do Brasil de reflorestar regiões como parte de seus compromissos no Acordo de Paris. O país se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares de floresta até 2030. No entanto, o estudo sugere que o valor real de sequestro de carbono dessas novas florestas secundárias, incluindo plantações de árvores, pode ser muito menor do que o esperado.

O cultivo de árvores como forma de regeneração tem sido considerado pelos Estados Unidos como uma estratégia importante. No entanto, a preservação das florestas brasileiras para o cumprimento das metas de carbono do Acordo de Paris é uma questão crucial que tem implicações significativas para a biodiversidade da região. A busca por soluções de armazenamento de carbono, como o plantio de árvores, pode ter consequências negativas para a diversidade de espécies na floresta tropical do Brasil.

É importante destacar que o plantio de árvores em si não é uma prática negativa, especialmente quando realizado de maneira sustentável e considerando a diversidade de espécies nativas. No entanto, quando há um enfoque excessivo em determinadas espécies, como o óleo de palma e o eucalipto, em detrimento da diversidade natural das florestas, pode ocorrer uma diminuição drástica na biodiversidade local.

O óleo de palma, por exemplo, é frequentemente cultivado em plantações de monocultura, o que implica na remoção de florestas naturais para dar lugar a vastas áreas dedicadas apenas a essa cultura. Isso leva à perda de habitat para diversas espécies nativas, incluindo plantas, animais e insetos, que dependem de uma variedade de habitats para sobreviver.

Da mesma forma, o eucalipto é uma espécie exótica que pode ser plantada em larga escala para a produção de madeira e celulose. Essa prática também pode ter impactos negativos na biodiversidade local, uma vez que as monoculturas de eucalipto geralmente não fornecem um ambiente adequado para muitas espécies nativas.

A diversidade de espécies é fundamental para a saúde e a resiliência dos ecossistemas. As interações entre as diferentes espécies desempenham papéis importantes na manutenção dos ciclos de nutrientes, na polinização das plantas, no controle de pragas e doenças, e em muitos outros processos ecológicos essenciais. A perda de biodiversidade pode comprometer a estabilidade dos ecossistemas e sua capacidade de se adaptar a mudanças ambientais.

Além disso, a capacidade de rebrota e o armazenamento de carbono dessas florestas podem variar amplamente de um lugar para outro, dependendo das propriedades do solo, condições climáticas e do histórico de uso da terra, entre outros fatores. Muitas das informações sobre a rebrota de florestas secundárias tropicais vêm de estudos realizados em locais com maior cobertura vegetal do que a Zona Bragantina e com menor intensidade de uso da terra ao longo do tempo, o que cria condições mais favoráveis para o crescimento das árvores e recuperação da biodiversidade. O novo estudo oferece uma visão mais clara de como a recuperação das florestas ocorre em condições menos favoráveis.

Os resultados desse estudo ressaltam que, mesmo a Floresta Amazônica, considerada muito resistente a distúrbios externos, pode levar mais de um século para recuperar seu estoque de carbono e nível de biodiversidade originais. Catarina Jacovac, pesquisadora de florestas secundárias na Wageningen University & Research, destaca a importância de preservar as florestas antigas para garantir a resiliência do ecossistema amazônico como um todo.

Essas descobertas têm implicações significativas para as estratégias de mitigação das mudanças climáticas e os esforços de reflorestamento.

Nos últimos anos, secas intensas relacionadas ao fenômeno El Niño têm impactado negativamente a recuperação das florestas secundárias. Os pesquisadores observaram um aumento de 0,1°C por década na temperatura da Zona Bragantina, juntamente com uma redução no crescimento das plantas durante os períodos mais secos.

A ligação entre as secas e o clima surpreendeu os pesquisadores. Durante os períodos de seca, eles registraram uma menor absorção de carbono pelas florestas secundárias, o que é uma descoberta alarmante, especialmente considerando que grandes áreas do Arco do Desmatamento da Amazônia têm experimentado longos períodos de seca e se tornando mais quentes.

Esses resultados ressaltam a importância de proteger as florestas primárias, que desempenham um papel crucial como fornecedoras de sementes para a regeneração das florestas secundárias e como reguladoras do clima regional. Jos Barlow, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Lancaster, destaca que é essencial garantir a proteção das florestas primárias antes de considerar o papel das florestas secundárias na mitigação das mudanças climáticas.

As emissões provenientes do desmatamento e das queimadas na Amazônia são uma preocupação significativa em relação ao balanço de carbono da região. Embora seja verdade que cerca de 86% das emissões mundiais sejam provenientes da queima de combustíveis fósseis e apenas 14% sejam resultado de mudanças no uso da terra e floresta, é importante reconhecer que as atividades humanas na Amazônia têm um impacto considerável nas emissões de carbono.

O desmatamento é responsável por uma parcela substancial dessas emissões. Quando as árvores são cortadas e queimadas, o carbono armazenado nelas é liberado na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2), contribuindo para o aumento das concentrações desse gás de efeito estufa. O desmatamento na Amazônia tem sido impulsionado principalmente pela expansão agrícola, pecuária e atividades madeireiras ilegais.

As queimadas também são uma fonte significativa de emissões na região. Durante a estação seca, é comum a ocorrência de incêndios florestais, muitos deles intencionais para limpar áreas desmatadas. Essas queimadas liberam grandes quantidades de CO2 e outros gases poluentes na atmosfera, contribuindo para as emissões totais da região.

Um exemplo é a cidade de Santarém, que registrou uma perda de 37% de sua cobertura florestal. Essa região sofreu uma diminuição de 9% na média anual de chuvas. No entanto, durante os meses de agosto, setembro e outubro, a redução foi ainda mais significativa, chegando a 34%. Isso significa que houve um terço a menos de chuva nesses meses ao longo de um período de 40 anos. Além disso, a temperatura também aumentou em 1,9ºC nessa região nordeste da Amazônia.

Na região sudeste da floresta, que sofreu uma perda de 28% de sua cobertura florestal, os impactos são ainda mais pronunciados. Durante os meses de agosto e setembro, houve uma redução de 24% na precipitação. Além disso, a temperatura aumentou consideravelmente, com um aumento médio de 2,5ºC. Se considerar apenas os meses de agosto e setembro, o aumento chega a 3,1ºC ao longo de 40 anos.

De fato, durante o período de 2010 a 2018, a Amazônia brasileira foi responsável por lançar uma quantidade alarmante de dióxido de carbono na atmosfera devido às queimadas. Estima-se que tenham sido emitidas cerca de 1,06 bilhão de toneladas de CO2 por ano como resultado dessas queimadas.

No entanto, o balanço de carbono da região revela uma situação preocupante. Apenas 18% das emissões provenientes das queimadas foram absorvidas pela floresta, resultando em um saldo final de 0,87 bilhões de toneladas de CO2 emitidas anualmente.

Esses números indicam que a capacidade da floresta amazônica em atuar como um sumidouro de carbono está severamente comprometida.

Uma pesquisa recente utilizou conjuntos de dados de satélite para analisar os efeitos das atividades humanas nas florestas da Amazônia, África Central e Bornéu, bem como seu potencial de regeneração e armazenamento de carbono. Os resultados revelaram diferenças significativas entre essas regiões.

O estudo identificou que em Bornéu, as perturbações humanas, especialmente o corte intensivo de árvores valiosas economicamente, resultaram nas maiores reduções de carbono em florestas degradadas. Isso indica que o desmatamento e a exploração madeireira desempenham um papel importante na perda de carbono nessa região.

Surpreendentemente, os pesquisadores também descobriram que Bornéu tem a capacidade de acumular carbono em uma taxa cerca de 50% mais rápida do que a Amazônia e a África Central. Esse acúmulo de carbono é influenciado pelas condições climáticas e ambientais únicas de Bornéu.

Os modelos desenvolvidos nesta pesquisa podem ser ferramentas valiosas para cientistas e formuladores de políticas, pois fornecem informações sobre o potencial de armazenamento de carbono em florestas secundárias e degradadas, desde que sejam protegidas e restauradas. Esses modelos ajudam a compreender a capacidade de recuperação das florestas e destacam a importância de políticas de conservação e recuperação florestal para mitigar as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade.

Os resultados dessa pesquisa ressaltam a necessidade de abordar as atividades humanas que impactam negativamente as florestas, como o desmatamento e a exploração madeireira insustentável. Ao mesmo tempo, eles destacam a importância de incentivar esforços de restauração florestal e proteção de áreas degradadas, a fim de promover a regeneração natural e o sequestro de carbono. Essas medidas desempenham um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas e na conservação dos ecossistemas florestais em escala global.

É importante observar que a recuperação da capacidade da Amazônia de remover carbono da atmosfera pode ser alcançada se forem implementadas medidas efetivas para controlar as queimadas e o desmatamento. Se essas restrições forem colocadas em prática no próximo ano, a região poderá se recuperar e voltar a atuar como um sumidouro de carbono. O reflorestamento desempenha um papel fundamental nesse processo, ajudando a aumentar a capacidade de absorção de carbono da Amazônia por meio do plantio de árvores e da restauração de ecossistemas florestais.

As ações de recuperação estão sendo observadas principalmente na parte leste da Amazônia, onde o desmatamento atingiu uma média de 30% da área. Estudos revelam que, quando o desmatamento atinge esse nível, a Amazônia passa a emitir mais carbono do que absorver. Se as queimadas na região amazônica forem interrompidas, a floresta teria a capacidade de remover 0,19 bilhões de toneladas de carbono da atmosfera anualmente. Isso indica que a Amazônia poderia atuar como um sumidouro significativo de carbono se as queimadas fossem controladas.

No entanto, é importante destacar que a recuperação completa levará tempo. Será necessário adotar medidas consistentes ao longo dos anos, incluindo a restauração dos ecossistemas e o aumento da cobertura florestal por meio do plantio contínuo de árvores.

Além de deter o desmatamento e as queimadas, também é crucial lidar com as causas subjacentes dessas práticas, como a expansão agrícola, a pecuária intensiva e a exploração ilegal de madeira. É fundamental promover práticas sustentáveis, como a agrofloresta, e fortalecer as políticas de proteção ambiental. A participação ativa das comunidades locais e dos povos indígenas é essencial, pois desempenham um papel significativo na conservação dos recursos naturais.

A recuperação da Amazônia não é apenas um desafio regional, mas também uma preocupação global. A floresta amazônica desempenha um papel crucial na regulação do clima, na preservação da biodiversidade e na sustentabilidade dos recursos hídricos.

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