No Brasil, o saneamento básico ainda é um desafio que afeta milhões de pessoas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 68,3 % dos domicílios têm esgoto sanitário.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), os dados apontam que o Brasil possui uma extensão de 365 mil quilômetros de redes coletoras de esgotos, o que representa um aumento de 0,7% em relação aos 362,4 mil quilômetros registrados em 2020. Além disso, foram contabilizadas 36,4 milhões de ligações de esgotamento sanitário, um incremento de 1,2% em comparação às 36 milhões de ligações do ano anterior.
A falta de saneamento básico adequado tem consequências graves para a saúde pública, o meio ambiente e o desenvolvimento social e econômico de um país. Quando o esgoto não é tratado adequadamente, há contaminação da água, o que contribui para a propagação de doenças transmitidas pela água, como diarreia, hepatite A e febre tifoide. Essas doenças são especialmente prejudiciais para crianças e podem levar a complicações graves e até mesmo à morte.
Além dos impactos na saúde, a falta de tratamento de esgoto compromete a qualidade dos corpos d’água, como rios, lagos e oceanos. O despejo de esgoto sem tratamento nesses ecossistemas pode causar a morte de animais aquáticos, reduzir a biodiversidade e poluir o ambiente. Isso afeta negativamente a sustentabilidade dos recursos naturais e pode ter consequências de longo prazo para o equilíbrio dos ecossistemas.