As áreas protegidas desempenham um papel fundamental na conservação dos sumidouros florestais de carbono, oferecendo proteção e preservação aos ecossistemas naturais que atuam como importantes absorvedores de carbono. Essas áreas, como terras indígenas e reservas naturais, desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio climático, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a mitigação das mudanças climáticas. Ao fornecer abrigo a uma diversidade de flora e fauna, as áreas protegidas não apenas conservam a biodiversidade, mas também garantem a continuidade dos serviços ecossistêmicos essenciais para a sustentabilidade global.
Com base em um novo mapa, constata-se que aproximadamente 27% da cobertura florestal global, atuante como um relevante sumidouro de carbono, encontra-se em áreas protegidas. Observações realizadas em áreas específicas comprovam a eficácia dessas áreas na manutenção do armazenamento de CO2 nas florestas.
No Brasil, a precariedade do papel desempenhado pela bacia do Rio Amazonas como sumidouro de carbono ressalta a necessidade crucial de proteger as áreas florestais remanescentes na região e em âmbito global. As áreas protegidas e as terras indígenas representam ferramentas de grande valor para enfrentar as questões climáticas, especialmente quando acompanhadas de políticas eficazes de controle do desmatamento.
Um exemplo notável pode ser observado no Brasil, particularmente na Terra Indígena Menkragnotí. Nesse espaço protegido, as árvores continuam absorvendo cerca de 10 milhões de toneladas adicionais de CO2 por ano em relação às emissões. Essa quantidade é equivalente às emissões de 2 milhões de veículos. No entanto, nas áreas desprotegidas adjacentes a essa terra indígena, a abertura de terras para atividades como mineração, pecuária e plantio de soja tem resultado em emissões significativas de carbono.
O reconhecimento e a valorização das áreas protegidas, aliados à garantia da aplicação efetiva da legislação nesses locais, são estratégias reconhecidas para a preservação das florestas e do carbono armazenado nessas regiões. A conservação desses locais é fundamental para a manutenção dos serviços ecossistêmicos e para a mitigação das mudanças climáticas.