O Papel da Ajuda Externa na

Criação de Universidades

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  7. O Papel da Ajuda Externa na Criação de Universidades

Formações Profissionais são os Principais

Desafios desta Geração

Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca que os jovens enfrentam um futuro incerto no mercado de trabalho. O relatório aponta que a automação, a falta de empregos que correspondam às qualificações dos jovens e o foco limitado de muitas formações profissionais são os principais desafios desta geração. O número de jovens classificados como NEET (Not in Education, Employment, or Training ou sem emprego, educação ou formação em tradução livre para o português) está aumentando exponencialmente nos últimos anos. Os jovens empregados, especialmente aqueles com treinamento profissional, enfrentam maior risco de perder suas colocações devido à automação. O relatório indica que o status NEET tem mostrado uma tendência ascendente, e a previsão é que continue a aumentar. A taxa de NEET global também aumentou de 21,7% em 2015 para 22,4% em 2020. A OIT ressalta a necessidade de criar mais empregos para a juventude e de implementar políticas integradas e sistemas de treinamento responsivos. Atualmente, existem cerca de 267 milhões de jovens NEET em todo o mundo, sendo que dois terços são mulheres jovens.

É importante abordar essa questão por meio do desenvolvimento de políticas educacionais e de emprego adequadas. Isso pode envolver a criação de programas de orientação profissional mais eficazes, o estabelecimento de parcerias entre instituições educacionais e setores empresariais para alinhar as formações às necessidades do mercado de trabalho bem como a promoção do empreendedorismo e da inovação entre os jovens.

O Banco Mundial para a região africana também destaca a importância do acesso ao Ensino Superior como uma porta para os jovens africanos saírem da pobreza. O Gana foi citado como um exemplo positivo de país onde o aumento do acesso ao Ensino Superior tem sido associado a um crescimento econômico sólido e uma queda significativa da pobreza. O país investe cerca de 30% do orçamento nacional na educação, resultando no aumento do número de universidades públicas e privadas.

No entanto, em toda a África, apenas 6% dos potenciais estudantes em idade de Ensino Superior estão matriculados, em comparação com a média mundial de 25,5%. A região possui nove dos 10 países com menor envolvimento no ensino superior do mundo. Diante desse cenário, o Banco Mundial ressalta que uma abordagem cognitiva intensa é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável da África em uma economia global independente.

É de suma importância a participação do setor privado no financiamento das Universidades, pois governos e sociedade civil não são capazes de arcar com o financiamento da educação acadêmica, necessitando de ajuda externa. Acreditar no potencial criativo dos africanos para a resolução de problemas também foi enfatizado como um aspecto relevante para o desenvolvimento da região. É necessário um esforço conjunto e coordenação entre diferentes atores para garantir que os jovens tenham as habilidades, os conhecimentos e as oportunidades concretas.