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Desafios Globais: Combater a Escravidão

Moderna, o Desemprego e a Pobreza

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima-se que em 2022 o nível de emprego seja reduzido em 15,5%, o que representa uma diminuição de 2,4 milhões de empregos em comparação a 2021. É importante ressaltar que essa projeção é menos severa do que a estimativa anterior da OIT que indicava a possibilidade de perda de 4,8 milhões de empregos.

Uma esfera subjacente ao trabalho está ligada as questões de escravidão moderna. Muitas pessoas vivem em condições análogas à escravidão, vivenciando trabalhos degradantes e sem condições mínimas à sobrevivência. Um dado que ressalta estimativas mundiais sobre escravidão moderna compiladas pela OIT, em parceria com a Walk Free e a Organização Internacional para as Migrações (OIM): aproximadamente 50 milhões de pessoas encontravam-se em situação de escravidão moderna em 2021.

Esses números são alarmantes e revelam a persistência desse grave problema em diferentes partes do mundo. A escravidão moderna abrange diversas formas de exploração, como trabalho forçado, servidão por dívida, tráfico humano e exploração sexual. Essas estimativas ressaltam a necessidade urgente de ações globais coordenadas para combater e erradicar a escravidão moderna e proteger os direitos humanos de todas as pessoas.

O desemprego também apresenta dados preocupantes. De acordo com o relatório sobre as tendências globais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o número de desempregados no mundo aumentará de 205 milhões para 208 milhões em 2023. Esses números evidenciam os impactos significativos do conflito geopolítico na economia e no mercado de trabalho. A redução no nível de emprego tem consequências diretas para os trabalhadores, suas famílias e a sociedade. A perda de empregos significa menos renda, aumento da vulnerabilidade econômica e dificuldades para suprir necessidades básicas.

Uma consequência direta das relações frágeis do trabalho está associada à pobreza. O relatório do Índice Multidimensional de Pobreza Global 2022, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresenta uma análise abrangente sobre a pobreza em nível mundial. De acordo com o relatório, cerca de 1,29 bilhão de pessoas em 101 países foram identificadas como multidimensionalmente pobres, representando 21,4% da população desses países. Além disso, o relatório destaca que mais de 80% das pessoas em situação de pobreza multidimensional vivem em áreas rurais.

A pobreza, a falta de trabalho e a queda na renda são indicadores de uma condição de vida precária, que afeta várias áreas da vida das pessoas. Esses fatores têm um impacto significativo no acesso a recursos e bens de consumo básicos. Além disso, a redução do emprego também tem consequências no desenvolvimento econômico do país. Menos empregos resultam em menor produção, investimento e consumo, o que pode levar a um ciclo de recessão e dificultar a recuperação econômica. É essencial adotar programas e estratégias abrangentes para combater a pobreza, promover a criação de empregos dignos e garantir o acesso equitativo a recursos e oportunidades para todas as pessoas.