A falta de moradias dignas tem um impacto negativo significativo no indivíduo, na família e na sociedade em geral. Essa situação afeta diversos aspectos, incluindo aspectos econômicos, sociais e ambientais. Aqui estão alguns dados que destacam esses impactos:
Despesas elevadas com moradia inadequada faz com que muitas famílias de baixa renda sejam forçadas a destinar uma grande parte de sua renda para aluguel ou moradias precárias, o que limita sua capacidade de investir em outras necessidades básicas, como alimentação, saúde e educação. Segundo dados do IBGE, dos 71 milhões de domicílios existentes no Brasil, 12,9 milhões eram alugados.
A falta de moradias adequadas contribui para a instabilidade no emprego e baixa produtividade no trabalho, pois condições precárias afetam a saúde, o bem-estar e a motivação dos indivíduos. A falta de acesso a moradias dignas amplia as desigualdades sociais e econômicas, criando barreiras para o progresso e o desenvolvimento de indivíduos e comunidades.
Moradias inadequadas estão frequentemente associadas a condições insalubres, como falta de saneamento básico, acesso limitado a água potável e falta de ventilação adequada, o que aumenta os riscos de doenças e afeta negativamente a saúde dos moradores.
A falta de moradias dignas contribui para a vulnerabilidade social e a exclusão de certos grupos, como pessoas em situação de rua, comunidades indígenas, quilombolas e imigrantes, que enfrentam maior marginalização e discriminação. Segundo dados do Habita Brasil, quase 6 milhões de moradias representam 8% dos domicílios do país e o alto valor do aluguel responde por mais da metade do déficit habitacional, que soma um total de 3.035.739 de moradias.
A instabilidade habitacional e a falta de condições adequadas afetam negativamente o desenvolvimento das crianças, incluindo sua saúde, educação e oportunidades futuras.
Moradias precárias muitas vezes não são projetadas para serem ambientalmente sustentáveis, resultando em desperdício de energia, água e outros recursos naturais.
A concentração de moradias precárias em áreas urbanas densamente povoadas pode levar à poluição do ar, contaminação da água e degradação ambiental. Destaca-se a esse processo a necessidade de políticas e ações que promovam o acesso a moradias dignas e sustentáveis, buscando mitigar os impactos negativos nos indivíduos, famílias e na sociedade como um todo. A garantia do direito à moradia adequada é essencial para promover a justiça social, a equidade e o desenvolvimento sustentável.